A educação social está condicionada pela sua história, mas parte dela realiza-se a partir das políticas sociais, próprias da sociedade de bem-estar. Daí a importância do conhecimento de determinados aspectos dessa sociedade, por isso, questiona-se o que é, porquê e como surge, quais as balizas politicas, entre outras, uma vez que todos os aspectos influenciam em maior ou menor medida na conceptualização e desenvolvimento da educação social.
Podemos definir o estado providência como aquele que procura a optimização das condições de vida para todos os cidadãos, neste modelo o estado tende a produzir e distribuir bens e serviços nos sectores não rendíveis ou de pouco interesse para o capital privado como educação, saúde, cultura, tudo isto com o objectivo de melhorar a qualidade de vida dos cidadãos.
Se o pós-guerra da primeira confrontação mundial foi propícia para a pedagogia social, mais ainda foi o pós-guerra da segunda.
Surge a ideia liberal de sociedade, apresentada como “um conjunto de indivíduos” que vai mudando e se afirmando novas correntes como, as teorias sociais democratas, as teorias neomarxistas, as teorias do Estado-providência, etc, nas quais o ideal do homem é viver em sociedade, e cujas regras de convivência são reguladas por um estado protector que deve estar ao serviço de todos os cidadãos. No final da segunda guerra mundial a Europa estava moralmente minada, materialmente destroçada e economicamente arruinada, era necessário que o estado criasse um sistema de educação, segurança social, habitação, etc. e que adoptasse medidas de ajuda à sociedade.
Se juntarmos três outros acontecimentos, como o Crash da Bolsa de Nova Iorque, a publicação da “Teoria de geral de Keynes e o plano Marshal, teremos assim os elementos para explicar o aparecimento e desenvolvimento da Educação Social.
Todo este conjunto de acontecimentos e circunstâncias, tornaram possível a reconstrução politica e económica de alguns países europeus, o que foi contribuindo para a consolidação da educação social.
O séc. XVIII é marcado por uma nova mentalidade, liberdade, fraternidade, igualdade, soberania popular com o povo a exercer o seu poder.
Até ao séc. XVIII a ideia de igualdade social não estava presente, a emergência de um novo estado contribuindo para o progresso da vida humana.
As ideias de educação social surgem após o séc. XVIII e no séc. XX surge a emergência da educação social.
As regalias sociais como o ramo para o assistencialismo vão contribuir para o surgimento de educação social. Esta será um grande contributo para a justiça social, para melhorar o progresso, atenuar as desigualdades, sendo pressupostos e valores que conduzem a objectivos como preparar o indivíduo para viver em sociedade.
As necessidades humanas surgem de acordo com cada sociedade e época, em determinado nível de desenvolvimento dos valores e da forma específica entre o indivíduo e comunidade.
A partir da segunda guerra mundial é que se configurou e generalizou a forma de organização social com o estado de bem-estar. A educação social como disciplina autónoma só começa em meados do séc. XX com a Alemanha a pioneira, Espanha mais cedo anos 80 e em Portugal – anos 90.
Logo, para perceber os factores da Educação Social temos que buscar a sua raiz histórica humana que passou por várias fases até chegar à actual.
Fonte:
Este texto foi elaborado de acordo com os resumos/apontamentos da unidade curricular “Educação Social”
Cristina Moreira
Parabens pelo texto, vai contribuir para minha pesquisa, que terei que falar da História da Educação, onde estou iniciando minha monografia, e assunto será Educação em Horario Integral, se tiver algun texto que possa me ajudar fico grato.
Olá, será que me poderia fornecer informação sobre a historia e evolução da educação social em portugal?
agradecia, resposta urgente.
Obrigada, melhores cumprimentros!!!